Rui Miguel Alves da Cruz

Posto: Subchefe

Data de Nascimento: 7 de outubro de 1972

Profissão: Motorista de autocarros de transporte público

Motivação (Parte I): Foi desde pequenino…

Rui Cruz entrou para os Bombeiros aos 12 anos, com a categoria de Infante (que, atualmente, já não existe na corporação); com 14 anos, passou a Cadete; aos 15, chegou a sair dos Bombeiros, para voltar a integrar a corporação quando tinha 16 anos. Até hoje.

Com 32 anos, recorda que «foi desde pequenino» que sentiu o apelo de envergar uma farda de bombeiro. Morava, então, na Venda do Alcaide – vinha de bicicleta para o Pinhal Novo – e não tinha bombeiros na família. Portanto, a motivação dele não é “mal de família”. «É aquela coisa de ouvir passar os carros dos bombeiros na rua… Isto nasce com a gente», explica, timidamente, e quase se lhe reconhece o mesmo sorriso do miúdo que foi Infante, no tempo do Comandante Céguinho.

Recorda: «Naquela altura, havia um bocadinho mais de disciplina do que há hoje. A nossa função como infantes era lavar mangueiras, lavar o parque, os carros… Desde que nos deixassem fazer isso, já ficávamos contentes». Rui Cruz lembra-se de a sua primeira farda ter sido «um fato-macaco que me deu o Chico das Botas», mais tarde lá lhe deram uma farda de trabalho e um par de botas da Força Aérea.

No Corpo de Bombeiros:

Apesar de garantir que nunca teve muito a ambição de subir na hierarquia, Rui Cruz foi fazendo a formação que lhe permitiu ascender, sucessivamente, aos postos de Bombeiro de 3ª, de 2ª e de 1ª Classe. É Subchefe desde dezembro de 2002.

Enquanto Cadete, Rui começou a ir para os fogos. E é na área do serviço de incêndio, sobretudo nos incêndios florestais, que diz sentir-se «mais à vontade». «É daquelas áreas em que estou a trabalhar e sei o que estou a fazer», garante. Para isso, frequentou cursos de condução todo-o-terreno, de Grupos de Primeira Intervenção (GPI’s), de Chefe de Equipa de GPI’s e de combate a fogos urbanos e industriais (curso ministrado na refinaria de Sines).

Rui Cruz integrou, por vários anos, colunas de combate a incêndios no norte do país, como chefe de viatura. Para ele, o que caracteriza a relação entre os bombeiros no combate a um fogo é a confiança e a camaradagem. Rui sabe o que é ficar preso no meio das chamas. «Chegamos a um ponto em que estamos cercados», conta. Lembra-se de, uma vez, o seu grupo ter salvo um agente da GNR numa situação dessas. De resto, considera que as ocorrências que mais marcam os bombeiros são os acidentes que vitimam crianças.

Do lado menos duro da vida de bombeiro, Rui Cruz destaca o dia do aniversário da Associação (1 de maio). «Posso não vir a mais festa nenhuma, mas o aniversário é sagrado», afiança, e até já teve problemas na empresa por não querer faltar às comemorações dessa data. Nas cerimónias solenes, ele costuma ser o chefe da Guarda de Honra, a quem cabe conduzir os machados e o estandarte, símbolo maior da corporação.

Motivação (Parte II): Os filhos…

Rui Cruz está, actualmente, à frente da 3ª Secção do Corpo de Bombeiros, em substituição temporária da Chefe Manuela Rodrigues, mãe do seu filho de 8 meses, o Ricardo, cujos avós maternos também são membros da corporação (conheça-o aqui).

Rui tem outro filho, de 7 anos, e acredita que ele também vai ser bombeiro. João, assim se chama o filho mais velho, confirma a motivação que herdou do pai. Diz que, nos bombeiros, gosta «daquelas coisas que eles metem nos cintos para irem a subir as paredes» e que, sim senhor, quer ser bombeiro para «tirar as pessoas das casas quando as casas estão a arder». Há, todavia, um pequeno problema: «Tenho muitas vertigens quando olho p’ra baixo», confessa o pequeno João. Nada que um candidato a bombeiro não consiga ultrapassar, pois não?

O que dizem dele…

Quando ascendeu ao posto de Subchefe, Rui Cruz fez questão que fosse o Adjunto de Comando a colocar-lhe as divisas. Diz, então, Raúl Prazeres, a propósito do seu afilhado: «O Rui é um bombeiro muito operacional e dedicado. Reconheço nele um grande poder de resposta para enfrentar situações complexas, como as que já vivemos juntos no combate a incêndios. É um bom líder.»

Nota dos Webmasters: Este Bombeiro foi promovido a Chefe em 30.11.2006 (Ver Notícia)

17.02.2005

Autor: Helena Rodrigues

3 Replies to “Rui Miguel Alves da Cruz”

  1. Acredito no grande sentido de responsabilidade do Rui Cruz e na forma evoluida como realiza o seu ‘espírito de missao’. Estou certo de que assumirá responsabilidades cada vez maiores nos BV de Pinhal Novo.

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