Ata nº 95 – Assembleia Geral

Aos seis dias do mês de março mil novecentos e noventa e dois, reuniu a Assembleia Geral Ordinária da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, pelas vinte horas e trinta e oito minutos, na sua sede, com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto um – Apresentação de contas do ano de mil novecentos e noventa e um.
Ponto dois – Eleição de Novos Corpos Gerentes para mil novecentos e noventa e dois.
Ponto três – Atribuição de poderes especiais a três elementos da Direção que for eleita.

Como à hora marcada não estivesse presente o número legal de sócios, a Assembleia reuniu em segunda convocação, uma hora depois, com trinta e sete eleitores inscritos devidamente legalizados.

Ladeado pelos secretários Francisco Pinheiro Pimentel e José Manuel Cameirinha Ferro, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral Aníbal de Sousa, reabriu a sessão explicando à Assembleia após o momento destinado à leitura da ata anterior, que a mesma só poderia ser lida na próxima sessão em virtude do seu texto, embora elaborado, não estar ainda exarado. Sem querer arranjar desculpas por esta falta, deve dizer que talvez houvesse aqui uma pequena dose da tal chamada força de hábito, porque realmente o secretário que normalmente faz as atas não pôde estar presente, conforme nos avisou previamente. Não vamos agora aqui responsabilizar A ou B, mas a verdade é que houve de facto alguma distração, na qual eu assumo alguma culpabilidade, visto que é meu dever fiscalizar no bom sentido diga-se, as atas antes de serem postas à aprovação.

Sobre a pergunta do sócio senhor Joaquim P Martins feita no período antes da ordem do dia, o Presidente disse. Não se trata de desinteresse, longe disso, porque então teríamos classificar de falta grave, a não apresentação da ata da sessão anterior. Trata-se isso sim, de uma falta originada por alguma distração.

Passado o período destinado a tratar de questões estranhas à ordem de trabalhos, entrou-se no primeiro ponto, apresentação de contas de mil novecentos e noventa e um. Pelo Presidente da Mesa foi dada a palavra à Direção, a qual delegou no Segundo Secretário a leitura e o esclarecimento pormenorizado do relatório e contas, com os seguintes resultados.

Total de receitas – 33.995.813$40
Saldo de 1990 –—–13.020.678$80 
Total —————— 47.016.492$20   

Total de despesas – 45.406.761$70
Saldo para 1992 –—–1.609.730$50 
Total ——————- 47.016.492$20  

Seguidamente foi dada a palavra ao Conselho Fiscal, o qual pela voz do seu Presidente foi lido o parecer com as seguintes propostas:

1º – Que aproveis o relatório e contas de mil novecentos e noventa e dois.

2º – Que aproveis um voto de louvor à Direção.

3º – Que aproveis um voto de louvor ao Corpo de Bombeiros da nossa Associação.

Antes de por aprovação as propostas do Conselho Fiscal, o Presidente da Mesa dirigindo-se à Assembleia disse.

Se algum sócio tiver alguma dúvida sobre o relatório e contas, faça favor de pedir os esclarecimentos que achar necessários.

O sócio senhor Joaquim P Martins perguntou se a Câmara de Palmela não contribuiu com qualquer verba no ano transato, conforme diz o relatório. Respondeu o Presidente da Direção João Cabete dizendo. O que está aí no relatório é efetivamente verdade. Recebemos da Câmara de Palmela em 1989, dez mil contos e igual verba em 1990. Do atual executivo nada recebemos por enquanto, em relação ao ano de noventa foram ainda decisões do eis Presidente Ferreira da Costa, que para além das verbas citadas também nos deu uma grande força moral para arrancarmos com esta obra.

Continuando disse. Na próxima segunda-feira vamos ter uma audiência com o Secretário de Estado e o Presidente da Câmara Carlos Péssinho, e como somos otimistas pensamos ser bem-sucedidos para que possamos continuar a acabar esta obra dos bombeiros que é afinal uma obra da população.

Não havendo mais nenhum sócio que quisesse usar da palavra foi posta à aprovação a proposta do Conselho Fiscal, que teve a seguinte votação.

Primeiro ponto – Aprovado por maioria com duas abstenções.

Segundo ponto – Aprovado por maioria com uma abstenção.

Terceiro ponto – Aprovado por unanimidade.

Com trinta e sete eleitores inscritos entrou-se no segundo ponto da ordem de trabalhos, que teve a seguinte votação.

Votos a favor – trinta e três

Votos contra – um

Votos em branco – três

Assim foi aprovada por maioria a única lista apresentada para a gerência de março de 1992 a março de 1993, com a seguinte constituição: 

Assembleia Geral
Presidente – Aníbal Guerreiro de Sousa
Vice-Presidente – Alberto de Sousa Ferro
Primeiro Secretário – Francisco Pinheiro Pimentel
Segundo Secretário – José Manuel Cameirinha Ferro

Direção
Presidente – José Carlos Henriques
Vice-Presidente – Feliciano Cordeiro Gante
Primeiro Secretário – José Gariso Ribeiro Morgado
Segundo Secretário – Marcelino António Carvoeira
Tesoureiro – Acácio Cabrita Godinho
Primeiro Vogal – José Maximino Jorge Maçarico
Segundo Vogal – Floriano José Fernandes

Conselho Fiscal
Presidente – José António Guerreiro
Vice-Presidente – João Augusto da Cunha Cabete
Secretário Relator– José Maria Mestre Castro

Seguiu-se o terceiro e último ponto da ordem de trabalhos: Atribuição de poderes especiais a três elementos da Direção que for eleita, com o seguinte texto, na proposta apresentada à mesa pela Direção.

Considerando que para bom funcionamento administrativo desta Associação e no que diz especial respeito à passagem de cheques, a Associação utiliza um sistema de três assinaturas para com todas as entidades bancárias, assim propõe-se à consideração de todos os senhores Associados presentes que se passe a utilizar o mesmo sistema de três assinaturas, dando total responsabilidade a esses três elementos como podendo representar legalmente em todos os casos a Associação.

1 – Assim propomos que sejam dados plenos poderes aos seguintes diretores eleitos nesta Assembleia, Presidente, Primeiro Secretário e Tesoureiro.

Nota; – Na ausência do Presidente assumirá funções o Vice-Presidente.

Pela Direção – o Presidente João Augusto da Cunha Cabete. Depois de ler a referida proposta, o Presidente da Mesa disse. Se algum associado necessitar de esclarecimentos digamos, adicionais, faça favor. Tiveram intervenções sobre a referida proposta os sócios senhores Manuel Fernando Félix, Joaquim Pires Martins, Francisco Batista Merca e António Jacob, este ultimo com parecer favorável à votação da proposta em causa, a qual foi aprovada por maioria com um voto contra.

E não havendo mais assuntos a tratar o Presidente da Mesa depois de agradecer em nome da Associação a todos os presentes, deu por encerrada a sessão, da qual foi lavrada a presente ata, que depois de lida em voz alta e aprovada, será subscrita por todos os membros da mesa da Assembleia Geral e por mim Primeiro Secretário da Assembleia Geral, que a redigi e subscrevo.

Pinhal Novo, 6 de março de 1992.

O Presidente da Mesa

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Aníbal Guerreiro de Sousa