Aos dezassete dias do mês de fevereiro de mil novecentos e oitenta e nove, reuniu no seu salão de festas uma hora mais tarde, por não haver à hora marcada número legal de sócios, a Assembleia Geral Ordinária da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, com a seguinte ordem de trabalhos:
1º Apresentação de contas de mil novecentos e oitenta e oito.
2º Eleição de novos Corpo Gerentes, para mil novecentos e oitenta e nove.
3º Atribuição de poderes especiais a três elementos da Direção que for eleita.
Aberta a sessão pelo Presidente da mesa, foi lida a ata da sessão anterior pelo primeiro secretário da Assembleia Geral, a qual depois de lida através da aparelhagem sonora, foi posta a aprovação e foi aprovada por unanimidade.
Seguiu-se o tempo normal para tratar de assuntos estranhos à ordem de trabalhos. Pediu a palavra o associado senhor Plínio Felizardo, para dizer que por culpa da Direção, tem algumas cotas em atraso, e por conseguinte, não as pagará. Após as referidas declarações, o Presidente da mesa disse: Embora o senhor tenha alguma razão, a verdade é que a responsabilidade do pagamento é sempre do sócio. No entanto, a mesa apesar do associado neste momento ter a sua situação ilegal, aceita a sua reclamação, tendo em conta de que, o serviço de cobrança não está bem. Por isso mesmo vamos dar imediatamente a palavra à Direção, para que se pronuncie sobre o assunto. Neste momento exato o sócio senhor Plínio Felizardo, foi infeliz na sua atitude, ao abandonar a Assembleia sem querer ouvir quaisquer explicações da Direção, pela voz do seu Presidente, o qual lamentou a ação do referido sócio, informou a assembleia de que tal situação deve-se infelizmente ao grave acidente do cobrador senhor José Lourenço. Depois de esperarmos pela sua recuperação, e como a mesma tardasse, falamos com próprio a fim de tomarmos uma resolução correta, pois não queríamos meter outro cobrador sem ouvir, do próprio acidentado se queria ou poderia vir a retomar as suas funções. Como a sua resposta foi negativa, então abrimos concurso para novo cobrador. Concorreram três candidatos, dos quais optámos pelo senhor Gante, o qual como é lógico, não conhecia muitos dos nossos associados e até alguns dos seus domicílios. Tudo isto contribuiu, para a criação de tal situação que eu pessoalmente e em nome da Direção muito lamento. Não havendo mais ninguém que quisesse usar da palavra, usou-a o Presidente da mesa, para informar a assembleia que se ia entrar no primeiro ponto da ordem de trabalhos, e em sequência adiantou.
Como todos os sócios presentes têm um relatório em seu poder, nós achamos que em vez da leitura do relatório, caso não hajam ideias em contrário, que a Direção apenas fizesse um comentário do relatório, elucidando a assembleia de alguns pontos de maior interesse.
Assim o primeiro secretário da Direção senhor Manuel Frade, depois de comentar alguns pontos de interesse salientou dois assuntos que disse considerar de primordial importância respetivamente o Corpo de Bombeiros e as novas instalações. Sobre o Corpo de Bombeiros disse: A situação é de franca melhoria, que efetivamente tem vindo a crescer e sobre as novas instalações podemos informar que amanhã será entregue a adjudicação da obra e sobre este assunto estamos abertos a quaisquer perguntas que eventualmente nos queiram fazer. Seguidamente o Presidente da mesa pediu ao Conselho Fiscal o favor de se pronunciar sobre o relatório e contas, o qual pela voz do seu Presidente leu o parecer, terminando o mesmo com três propostas;
1º Que aproveis o relatório e contas.
2º Que aproveis um voto de louvor à Direção.
3º Que aproveis um voto de louvor ao Corpo de Bombeiros da nossa Associação.
Seguidamente o Presidente da mesa disse: Qualquer associado que queira tomar a palavra sobre o relatório e contas faça favor. Pediu a palavra o sócio Carlos Carolino do Nascimento para fazer algumas perguntas à Direção sobre o relatório e contas, dizendo no final da sua intervenção que o seu pedido de esclarecimento não seria tanto por só, mas para que todos os presentes entendam o relatório, a fim de poderem votar em consciência. Imediatamente a Direção pela voz do seu primeiro secretário respondeu em pormenor a todas as perguntas feitas. E não havendo mais nenhum sócio que quisesse intervir, passou-se à votação das propostas do Conselho Fiscal. Feita a votação separadamente, as três propostas foram aprovadas por unanimidade, tal como a proposta da Direção inscrita no relatório e contas, assim:
1º – Que aproveis o sincero agradecimento a, Serviço Nacional de Bombeiros, Liga dos Bombeiros Portugueses, Escola Nacional de Bombeiros, Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, Corporações de Bombeiros Portugueses, Câmara Municipal de Palmela, Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Direção Geral de Ordenamento do Território, Comissão do Concurso Inter-Sócios, todos os Associados e População da Freguesia.
2º Que aproveis ou altereis este relatório e contas.
Passou-se imediatamente ao segundo ponto da ordem de trabalhos. Eleição de novos corpos gerentes para 1989.
Após o escrutínio, verificou-se que dos 56 inscritos, votaram 47 que deram os seguintes resultados. Votos a favor quarenta e três, votos contra dois, votos nulos dois. Assim a única lista apresentada pela Direção foi eleita por maioria, com os seguintes elementos.
Lista – A (única)
Assembleia Geral
Presidente – Aníbal Guerreiro de Sousa
Vice-Presidente – Alberto Sousa Ferro
Primeiro Secretário – Francisco Pinheiro Pimentel
Segundo Secretário – José Manuel Cameirinha Ferro
Direção
Presidente – João Augusto da Cunha Cabete
Vice-Presidente – Feliciano Cordeiro Gante
Primeiro Secretário – José Gariso Ribeiro Morgado
Segundo Secretário – José Maximino Jorge Maçarico
Tesoureiro – Acácio Cabrita Godinho
Primeiro Vogal – José Marchante dos Remédios Vardasca
Segundo Vogal – António João Ferreira Surrécio
Conselho Fiscal
Presidente – José António Guerreiro
Vice-Presidente – Manuel Ambrósio Garcia Frade
Secretário Relator – José Maria Mestre Castro
Imediatamente a seguir passou-se ao terceiro ponto. Atribuição de poderes especiais a três elementos da Direção que for eleita. Esta referida proposta depois de entrar na mesa da assembleia foi lida pelo Presidente da Direção, que depois de explicar a sua razão de ser, a devolveu à mesa da assembleia, que por sua vez, pela voz do seu Presidente, depois deste informar que a dita não representava quaisquer alterações aos estatutos, e que estava convencido, de que todos tinham, compreendido a finalidade da mesma, após a aprovação, tendo sido aprovada por maioria, apenas com uma abstenção.
Não havendo mais assuntos a tratar, o Presidente da mesa depois de agradecer a todos os sócios presentes, salientou.
A nossa associação durante cerca de dois anos viveu um clima bastante quente, que só não pegou fogo social, graças ao sangue frio, compreensão, competência e dedicação de todos aqueles que sabem honrara a sua divisa com aquele orgulho e aquela vaidade de se pertencer ao Corpo Ativo dos Bombeiros. E foi assim que o Presidente da mesa deu por encerrada a sessão, quando eram vinte e três horas e trinta minutos, sessão da qual foi lavrada a presente ata que depois de lida e aprovada, será subscrita por todos os membros da mesa e por mim, primeiro secretário da mesa da Assembleia Geral que a redigi e subscrevo.
Pinhal Novo, 17 de fevereiro de 1989.
O Presidente da Mesa
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Aníbal Guerreiro de Sousa
Associação Humanitária de Bombeiros de Pinhal Novo 