Ata nº 8 – Assembleia Geral

Aos vinte e um dias do mês de janeiro do ano de mil novecentos e cinquenta e cinco, às vinte e uma horas e quarenta e cinco minutos, reuniu-se a Assembleia Geral Ordinária da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, na respetiva sede.

A mesa era constituída pelos respetivos Presidente e 1º Secretário e pelo Vice-Presidente, reunido do 2º Secretário.

Aberta a sessão, o senhor Presidente consultou a Assembleia sobre se devia ou não ser lida a ata da sessão anterior e por unanimidade, foi dispensada a leitura.

Conforme mandam os estatutos, foi concedida uma hora para serem tratados assuntos estranhos à ordem dos trabalhos, durante a qual poderão usar da palavra todos os sócios em pleno uso dos seus direitos.

Pediu a palavra o Presidente da Direção que disse haver na Associação apenas oito sócios cuja quota mensal era de dois escudos e cinquenta centavos.

Atendendo à letra dos estatutos, era do parecer que as mesmas fossem elevadas para cinco escudos e leu a parte respeitante ao assunto, nos estatutos.

Apesar da observação dum sócio que se encontrava naquelas condições, o Presidente da Direção afirmou que tal resolução deveria ser tomada, atendendo ao muito que a Associação poderia fazer pelos sócios e às condições em que se encontrava.

Falou também nas requisições da ambulância e apresentou casos inerentes aqueles que obrigaram a Direção a regulamentar a saída da mesma e esclareceu a Assembleia sobre tal.

O Presidente da Mesa louvou a atitude da Direção que pretende assim defender os interesses dos sócios.

Foi em seguida feita a comunicação de que estava feita a aquisição de uma maca-rodada para a Corporação. O Comandante pediu que fosse convenientemente esclarecida e definida a utilização da maca e da ambulância e por isso comentou-se em que a utilização da ambulância só se verifique em casos de gravidade comprovada pelo médico ou em momentos em que não haja comboios. A maca-rodada seria utilizada nos restantes casos.

Apelou-se em seguida para a consciência dos próprios sócios que deveriam ser os primeiros a defender os interesses da Associação, que também seriam os seus.

Foi também deliberado que o transporte gratuito na ambulância nas condições regulamentadas, só deveria verificar-se até cem quilómetros e que sempre que houvesse necessidade de utilizar barco para a travessia do rio, esta despesa deveria ser por conta do sócio. O Presidente da Direção lembrou também que os direitos dos sócios só poderiam ser evocados após três meses da data da inscrição.

O Presidente da Mesa, como não houvesse mais quem quisesse fazer uso da palavra, deu início à Ordem de Trabalhos, começando-se pela eleição dos novos corpos gerentes e cujo resultado foi o seguinte:

Assembleia Geral 
Presidente – Álvaro José da Costa Tavares
Vice-Presidente – António Francisco Guerreiro
Primeiro Secretário – Celestino Leitão da Cruz Moreira
Segundo Secretário – Manuel Modesto Cravinho

Direção 
Presidente – António da Cruz Moreira
Vice-Presidente – António Cardoso Batista Esteves
Primeiro Secretário – Feliciano Henriques
Segundo Secretário – Gilberto Domingos
Tesoureiro – Francisco Mendes Cristina
Primeiro Vogal – Emílio Xavier Simões
Segundo Vogal – Matias Veríssimo dos Santos Gomes

Conselho Fiscal
Presidente – Arnaldo da Silva Mendes
Vice-Presidente – Francisco António Bento
Secretário Relator – João Eduardo Morais P. Amorim


31 Votos
31 Votos
31 Votos
29 Votos


31 Votos
31 Votos
31 Votos
31 Votos
31 Votos
31 Votos
27 Votos

31 Votos
31 Votos
24 Votos

Obtiveram também votos para o lugar de Segundo Secretário da Assembleia Geral, o senhor Afonso Pinho Cordas, com um voto, para o lugar de Primeiro Secretário do Conselho Fiscal, os senhores António Coelho, com cinco votos, António Sousa com um voto e José Piedade com um voto e para o lugar de Segundo Vogal da Direção, os senhores Afonso Pinho Cordas, com três votos e Manuel Fernandes com um voto.

Apresentou-se em seguida o relatório e contas na gerência do ano de mil novecentos e cinquenta e quatro, usando da palavra o Presidente da Direção. Seguidamente foi lido o parecer do Conselho Fiscal, por um dos seus membros e a proposta do mesmo, que é do teor seguinte:

1º – Que aproveis o relatório e contas do ano findo.

2º – Que seja aprovado um voto de louvor à Direção pela maneira como se desempenhou no cumprimento dos deveres a seu cargo.

Obtendo aprovação por unanimidade.

O Presidente da Mesa, depois de desejar as maiores prosperidades à Direção eleita e de salientar a muita dedicação manifestada por alguns membros reeleitos, nomeadamente o Presidente, agradeceu a presença dos sócios e a maneira correta como colaboraram na discussão dos assuntos apresentados à Assembleia.

Não havendo mais assuntos a tratar, a sessão foi encerrada às vinte e três horas e dez minutos, pelo senhor Presidente da Mesa e foi lavrada a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente, pelos restantes membros da mesa e por mim Primeiro Secretário que a escrevi.

Pinhal Novo, 21 de janeiro de 1955.

O Presidente da Mesa

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Álvaro José da Costa Tavares