Ata nº 68 – Assembleia Geral

Aos vinte dias do mês de fevereiro do ano de 1981 (mil novecentos e oitenta e um), pelas vinte horas e trinta minutos, reuniu no seu salão de festas em Assembleia Geral Ordinária, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, com a seguinte ordem de trabalhos:

1º Apresentação de contas do ano de mil novecentos e oitenta.
2º Eleição de novos corpos gerentes.

Aberta a sessão, e como não estivesse presente número suficiente de sócios para legalmente funcionar, foi imediatamente encerrada e reaberta uma hora depois, conforme determinam os Estatutos e de acordo com os avisos convocatórios distribuídos.

Presentes na mesa, o respetivo Presidente, Vice-Presidente, Primeiro Secretário e Segundo Secretário.

Reaberta a sessão, foi lida a ata da sessão anterior. Posta a ata à discussão, foi pedida a retificação do nome do associado citado na página vinte oito deste livro, linha vinte cinco para Rafael Augusto dos Santos em vez de António Rafael, o que fica registado. Não havendo interessados em discutir a ata, o Presidente pô-la a aprovação, sendo aprovada por unanimidade.

A seguir o Presidente concedeu uma hora para tratar de assuntos estranhos à Ordem de Trabalhos. O Segundo Secretário da Direção cessante Mário Varandas pretendeu demonstrar que de acordo com os Estatutos, segundo a sua interpretação, a hora para tratar de assuntos estranhos deveria ser concedida no fim da Ordem de Trabalhos. Após alguns esclarecimentos, ficou demonstrado que tendo vindo a ser prática corrente esta sequência da sessão e sendo os Estatutos omissos nesse pormenor, considerava-se que o antecedente valia como lei, prosseguindo os trabalhos na discussão de assuntos estranhos.

Pediram a palavra diversos associados para solicitar esclarecimentos à Direção sobre a existência ou não de regulamentos sobre a utilização das ambulâncias, focando alguns casos pessoais que se tinham verificado, e que eram motivo de descontentamento. Pela Direção foram prestados os esclarecimentos pedidos. A seguir pediu a palavra o sócio António Cravinho para voltar a focar a falta de uma sala de convívio para a terceira idade, lamentando que ainda não exista. O Presidente da Direção cessante informou não ter sido possível a sua criação, e que aos novos corpos gerentes a eleger nesta Assembleia, caberia a missão de a concretizar. E tendo expirado o tempo concedido para tratar de assuntos estranhos, o Presidente deu por encerrado esse tempo, passando-se ao primeiro assunto da Ordem de Trabalhos: Apresentação de contas do ano de mil novecentos e oitenta.

Pelo Primeiro Secretário da Direção foi lido o Relatório e apresentadas as contas verificando-se que as verbas recebidas e gastas eram as seguintes: Saldo que transitou de 1979 (mil novecentos e setenta e nove) era de escudos 1.055.240$30 (um milhão e cinquenta e cinco mil duzentos e quarenta escudos e trinta centavos); as receitas de 1980 (mil novecentos e oitenta) totalizaram esc. 3.170.739$10 (três milhões, cento e setenta mil, setecentos e trinta e nove escudos e dez centavos); as despesas totalizaram 3.377.641$70 (três milhões, trezentos e setenta e sete mil, seiscentos e quarenta e um escudos e setenta centavos), pelo que o saldo para 1981 (mil novecentos e oitenta e um) é de esc. 848.337$70 (oitocentos e quarenta e oito mil e trezentos e trinta e sete escudos e setenta centavos).

O relatório dava a conhecer que apesar da administração ter decorrido num período um tanto destabilizado por incongruências e incompreensões, o ano de 1980 não foi fácil para esta Direção. A Associação de uma maneira geral cumpriu as suas funções tanto no campo do socorrismo a doentes, combate a incêndios e no plano recreativo. Não têm dívidas, apresenta uma situação financeira organizada e estável, mercê não só das várias comparticipações recolhidas como também do esforço e determinação de vários elementos. Terminava agradecendo toda a confiança depositada, propondo que fosse aprovada uma saudação amiga à Liga dos Bombeiros Portugueses; à Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal; ao Conselho Coordenador do Serviço Nacional Bombeiros; a todas as Corporações de Bombeiros dos País; às exmas. Autoridades Locais, Concelhias e Distritais; a todas as Coletividades locais; à Massa Associativa; à Fundação Gulbenkian e a toda a População da nossa terra.

A seguir foi lido pelo respetivo Presidente o parecer do Conselho Fiscal, que terminava pedindo à Assembleia; 1º Que aprove o Relatório e Contas da Direção; 2º Que aprove um voto de louvor à Direção; 3º Que aprove um voto de louvor aos Bombeiros da nossa Associação.

A seguir o Presidente da Mesa pôs as contas à discussão. Pediram então a palavra diversos associados, nomeadamente Rafael Augusto dos Santos, Miguel Coimbra, João Leonardo da Silva, Vera e outros, pedindo esclarecimentos sobre as verbas indicadas no relatório.

Por alguns membros da Direção cessante foram prestados os esclarecimentos pedidos.

 E como não houvesse mais associados a pretender fazer uso da palavra, o Presidente da Mesa pôs as contas à aprovação sendo aprovadas por maioria, registando-se dezassete abstenções.

A seguir pôs à aprovação o pedido de agradecimento e saudação amiga expresso pela Direção no seu Relatório, o que foi aprovado com duas abstenções.

A seguir o Presidente da Mesa pôs em aprovação o voto de louvor à Direção, o que foi aprovado registando-se quatro votos contra e trinta e nove abstenções.

Posto à aprovação o voto de louvor aos Bombeiros da nossa Associação, foi aprovado por unanimidade.

A seguir passou-se ao segundo assunto da Ordem de Trabalhos, Eleição de novos Corpos Gerentes. 

Foram apresentadas para votação duas listas de candidatos, sendo a lista A apresentada pela Direção e a lista B apresentada por um grupo de associados, representados por Mário Varandas e José Augusto Remexido.

Compunham a lista A os seguintes associados:      

Assembleia Geral
Presidente: Álvaro José da Costa Tavares
Vice-Presidente: António Brinca Borralho
Primeiro Secretário: António Jacob Abelho Franco
Segundo Secretário: Francisco Pinheiro Pimentel

Direção
Presidente: Eugénio Dias Crispim
Vice-Presidente: Rogério Lagarto
Primeiro Secretário: Vergílio Aranha
Segundo Secretário: José António Guerreiro
Tesoureiro: José Guerreiro Vinagre
Primeiro Vogal: José Manuel Teixeira dos Santos
Segundo Vogal: António Rodrigues

Conselho Fiscal
Presidente: José Augusto Ismael Baltazar
Vice-Presidente: Jaime Pardelhas Bento
Secretário Relator: António Oliveira Macau

Compunham a lista B os seguintes associados:     

Assembleia Geral
Presidente: Manuel Modesto Cravinho
Vice-Presidente: António Manuel da Conceição Agostinho
Primeiro Secretário: José Manuel Fernandes Cebola
Segundo Secretário: Augusto Inocêncio Vieira Raposo

Direção
Presidente: Mário Varandas Costa Correia
Vice-Presidente: Manuel Fernando Félix
Primeiro Secretário: António Alberto Pacheco Almeida
Segundo Secretário: Eduardo Isildo da Silva Oliveira
Tesoureiro: José Augusto Remexido
Primeiro Vogal: João Leonardo da Silva
Segundo Vogal: António José Oliveira Almeida

Conselho Fiscal
Presidente: Carlos Carolino do Nascimento
Vice-Presidente: Joaquim Manuel Guerreiro Céguinho
Secretário Relator: Rodrigo Apolinário Borges

Considerando a existência de duas listas para votação, o Presidente da Mesa solicitou a comparência de delegados dessas listas para assistirem à contagem dos votos pela mesa. Pela lista A foi presente o associado Vergílio Aranha e pela lista B o associado António Alberto Pacheco de Almeida.

Após votação e respetiva contagem, verificaram-se os seguintes resultados: Entraram na urna 203 (duzentos e três) listas na sua totalidade intactas, apurando-se para a lista A – 96 (noventa e seis) votos e para a lista B – 107 (cento e sete) votos.

Assim, foram eleitos para Gerência de 1981 (mil novecentos e oitenta e um) os associados componentes na lista B.

A seguir o Presidente da Mesa congratulou-se com a ordem e disciplina em que tinham decorrido os trabalhos. Enalteceu e pediu uma salva de palmas, como manifestação de apreço pelo trabalho desenvolvido pela Direção cessante, no que foi correspondido e acompanhado. Disse a seguir algumas palavras que traduziam o seu sentimento resultante da saída da Presidência da Assembleia.

Não se sentia triste, mas talvez com saudades do contacto direto com a massa associativa, a que estava habituado.

E não havendo mais assuntos a tratar, o Presidente da Mesa deu por encerrada a sessão da qual se lavrou a presente ata, que depois de lida em voz alta e aprovada será assinada por todos os membros presentes e por mim, Primeiro Secretário da mesa da Assembleia que a redigi e subescrevo, António Jacob Abelho Franco

Pinhal Novo, 20 de fevereiro de 1981.

O Presidente da Mesa

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Álvaro José da Costa Tavares