Ata nº 45 – Assembleia Geral

Aos vinte seis dias do mês de fevereiro do ano de mil novecentos e setenta e um, pelas vinte horas e trinta minutos, reuniu na sua sede, em Assembleia Geral Ordinária, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, com a seguinte ordem de trabalhos.

Primeiro – Apresentação de contas do ano de mil novecentos e setenta.
Segundo – Eleição de novos Corpos Gerentes.

Aberta a sessão, e como não estivesse presente, número de sócios suficiente para legalmente funcionar, foi imediatamente encerrada e reaberta uma hora depois, conforme determinam os estatutos e de acordo com avisos convocatórios distribuídos.

Aberta a sessão, e como não estivesse presente, número de sócios suficiente para legalmente funcionar, foi imediatamente encerrada e reaberta uma hora depois, conforme determinam os estatutos e de acordo com avisos convocatórios distribuídos.

Presentes na mesa da assembleia, o seu Presidente, Vice-Presidente, Primeiro e Segundo Secretários.

Reaberta a sessão, foi lida a ata da sessão anterior. Posta à discussão e aprovação, foi aprovada por unanimidade.

Seguidamente foi concedida uma hora para discutir assuntos estranhos à ordem de trabalhos.

Pelo associado Virgílio Marques e apesar de ter afirmado não conhecer perfeitamente os estatutos, foram focados dois assuntos que em sua opinião, não estavam bem. Primeiro, estranhava que a assembleia estivesse a funcionar sem que houvesse um livro de presenças e segundo, reclamou que tinha conhecimento de não terem os avisos convocatórios para a assembleia, sido distribuídos a todos os associados, e esclareceu as inconveniências que tais casos provocavam.

O Presidente da mesa informou que não era hábito nas assembleias gerais em Pinhal Novo, haver um livro de presenças e que até à presente data, essas assembleias tinham decorrido de tal maneira, que a sua falta não tinha sido causa de qualquer perturbação. Sobre a distribuição dos avisos convocatórios da assembleia, o Presidente da mesa disse, ser muito difícil fazer-se essa distribuição por todos os associados, e leu o artigo dos estatutos que trata do assunto, esclarecendo que de acordo com ele, as assembleias gerais são convocadas por avisos afixados na sede, com um mínimo de oito dias, não sendo portanto a Direção obrigada a distribuir os avisos individualmente pelos associados.

Após intervenção de um membro da Direção, foi este assunto encerrado.

Seguidamente pediu a palavra o Vice-Presidente da Direção cessante para realçar a ação do associado António Agostinho Loureiro, que sendo um simples associado, tinha estado sempre ao serviço da corporação a qualquer hora da noite ou do dia para conduzir a ambulância onde quer que fosse necessário. Essa ação tinha sido desempenhada com tão boa vontade e entusiasmo, que muitas vezes tinha prejudicado a sua vida particular, para servir a associação. Assim pedia ao Presidente da mesa para por em aprovação por aclamação, um voto de louvor ao citado associado, como reconhecimento pelos serviços prestados.

Posto o voto de louvor à aprovação, todos os associados se levantaram e aprovaram, sublinhando essa aprovação com uma calorosa salva de palmas.

E como não houvesse mais associados interessados no uso da palavra, entrou-se no primeiro assunto da ordem de trabalhos; Apresentação de contas do ano de mil novecentos e setenta.

O Presidente da mesa deu conhecimento de que iam ser distribuídos pelos associados o relatório e contas que a Direção tinha mandado imprimir, para melhor esclarecimento de todos os presentes.

A seguir, o Segundo Secretário da Direção cessante leu o mesmo relatório, que principiava por agradecer a todas as entidades que de algum modo tinham contribuído para o engrandecimento da corporação e historiou a atividade desenvolvida em todos os campos.

A seguir foram apresentadas as contas, descriminando-se todas as receitas e despesas verificadas em mil novecentos e setenta.

Assim, verificava-se que o saldo transitado de mil novecentos sessenta e nove para mil novecentos e setenta tinha sido de 26 321$60 (vinte seis mil trezentos e vinte e um escudos e sessenta centavos); as receitas em mil novecentos e setenta tinham sido de 361 189$00 (trezentos e sessenta e um mil cento e oitenta e nove escudos) e as despesas de 371 911$50 (trezentos e setenta e um mil novecentos e onze escudos e cinquenta centavos), pelo que o saldo que transita para mil novecentos e setenta e um é de 15 599$10 (quinze mil quinhentos e noventa e nove escudos e dez centavos).

Após alguns esclarecimentos, foi lido o parecer do Conselho Fiscal pelo seu respetivo Vice-Presidente, e que finalizava por propor à assembleia geral que:

Primeiro – Aprovasse o relatório e contas da gerência de mil novecentos e setenta.

Segundo – Aprovasse um voto de louvor à Direção, pela competência e zelo, que demonstrou durante o seu mandato.

Postas as contas à discussão e a seguir à aprovação, foram aprovadas por unanimidade.

Posto à aprovação o voto de louvor proposto pelo Conselho Fiscal, foi aprovado por unanimidade.

Nesta altura o associado Virgílio Marques, fez uma proposta à assembleia, mas como foi considerada fora da ordem de trabalhos, não pode ser posta à aprovação.

Seguidamente passou-se ao segundo assunto da ordem de trabalhos; Eleição de novos corpos gerentes.

Pela Direção foi apresentada uma lista de membros diretivos. Após a votação e respetiva contagem dos votos, verificou-se a entrada na urna de quarenta e quatro listas, estando todas sem qualquer nome cortado, pelo que foram eleitos os seguintes associados para a gerência de mil novecentos e setenta e um.

Assembleia Geral
Presidente – Álvaro José da Costa Tavares
Vice-Presidente – José Augusto Ismael Baltazar
Primeiro Secretário – António Jacob Abelho Franco
Segundo Secretário – Abílio José Cabrita

Direção
Presidente – Manuel Veríssimo da Silva
Vice-Presidente – Rui da Costa Xavier
Primeiro Secretário – Carlos Carolino do Nascimento
Segundo Secretário – Augusto Jorge Martins Duarte
Tesoureiro – Amílcar Carvalho de Oliveira Parreira
Primeiro Vogal – César de Jesus Morais
Segundo Vogal – António Agostinho Rodrigues Loureiro

Conselho Fiscal
Presidente – Manuel Modesto Cravinho
Vice-Presidente – Francisco Pinheiro Pimentel
Secretário Relator – José Joaquim Endereço

Seguidamente o Presidente da mesa agradeceu à massa associativa presente, a correção com que foram discutidos todos os assuntos e desejar que o número de associados que já é um número bastante apreciável, fosse sempre aumentando, pois quanto mais formos, mais poderemos fazer.

E como não houvesse mais assuntos a tratar, o Presidente deu por encerrada a sessão, da qual se lavrou a presente ata, que depois de lida e aprovada, será assinada por todos os membros presentes. E por mim primeiro secretário da assembleia, que a redigi e subescrevo.

Pinhal Novo, 26 de fevereiro de 1971.

O Presidente da Mesa

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Álvaro José da Costa Tavares