Ata nº 16 – Assembleia Geral

No dia dezoito do mês de fevereiro do ano (1959) mil novecentos e cinquenta e nove, às vinte e duas horas, reuniu-se a Assembleia Geral Ordinária da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pinhal Novo, na respetiva sede.

Aberta a sessão, o senhor Presidente da Mesa da Assembleia, pediu a dispensa da leitura da ata da sessão anterior, pedido que foi aceite por unanimidade.

Depois de concedido o tempo regulamentar para que os sócios em pleno uso dos seus direitos, pudessem discutir assuntos estranhos à ordem de trabalhos, porque nenhum dos presentes quisesse fazer uso da palavra, foi reduzido para cinco minutos o referido tempo, depois de convocada a assembleia.

Terminado aquele, o senhor Presidente deliberou que se procedesse à eleição dos novos corpos gerentes.

Distribuídas e recolhidas as listas procedeu-se à sua contagem, verificando-se que a lista proposta pela Direção foi aprovada integralmente por quarenta e nove votos (unanimidade).

Falou em seguida o senhor Presidente de Direção que agradeceu a confiança depositada na sua gerência desde há seis anos com a leal cooperação dos restantes membros da Direção, foi muito aplaudido.

Foi lido em seguida o relatório e contas. O senhor Presidente da Direção voltou a usar da palavra para elucidar a Assembleia sobre alguns pormenores que julgou de seu dever, fazer, nomeadamente sobre as dívidas e pagamentos em curso.

Fez ainda um vibrante apelo para a massa associativa no sentido de ser criada uma cota suplementar da importância de um escudo e de pagamento facultativo para abreviar a construção do quartel cuja obra ficaria sendo propriedade da Associação.

Seguidamente, sobre a respetiva planta fez algumas considerações e descrições técnicas.

Foi em seguida lido o parecer do Conselho Fiscal, que foi aprovado por unanimidade.

Pediu a palavra o consócio senhor Guinot que manifestou desacordo à cota suplementar de pagamento voluntário, concordando sim, com a cota obrigatória ou seja um aumento da cota atual.

Replicando o senhor Presidente da Mesa da Assembleia elucidou que nessas condições o assunto teria que ser tratado numa Assembleia especialmente convocada para esse fim.

O senhor Presidente da Direção, voltou a falar sobre a referida cota para frisar os inconvenientes dum possível aumento da cota associativa baseando-se na reação verificada quando do aumento aprovado em assembleia de dois escudos e cinquenta centavos para totalizar a cota em cinco escudos, de harmonia com a lei que assim determina. Muitos associados não concordando com o aumento, pediram a sua demissão.

Falando de seguida o senhor Presidente da Mesa, manifestou a sua satisfação pela numerosa assistência verificada relativamente à assembleia anterior, o que prova o crescente interesse que os assuntos da associação despertam nos associados.

Em seguida, agradeceu à assembleia pela maneira ordeira como apreciou os assuntos tratados e, não havendo mais nada de interesse a discutir deu por encerrada a sessão cerca das vinte e três horas, de que foi lavrada a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e por mim que a escrevi.

Pinhal Novo, 18 de fevereiro de 1959.

O Presidente da Mesa

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Álvaro José da Costa Tavares